sexta-feira, 28 de setembro de 2012

MAR SEQUINHO


                                     

Quando o mar é sequinho e na margem há apenas ondulações suaves

Quando o mar é piscina onde se senta e relaxa

Quando de repente o pé uma estrela ele acha

Tudo é calmaria, é tranquilidade

O mar é mais belo e mais amigo
Mais confiável,com menos perigo

Se pode deitar na areia com os pés tocando a água

Se pode brincar de sereia, sentir o vento e a paisagem

E à noite com a lua cheia, se o mar ainda assim estiver

Há grande faixa de areia

Pra fazer carinho no pé

Há céu bonito e estrelas

E sensação de liberdade
É estar longe do ruído, mas bem perto da cidade

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

RAIO DE LUA


                                    

Raio de lua batendo no mar

Areia boa pra sonhar e pisar

Coqueiros balançam

Nossa rede também

Os beijos não cansam

E nem algo além

Brisa da praia, carinho na pele

Deu vontade, entramos no mar, puro verão

Longe da neve

Um banho à noite é especial

É diferente, quase nada se vê, tudo se sente

Saímos salgados e na água doce fomos nos banhar
De novo na rede e energizados, voltamos a amar

BORBOLETA ABALONE


                             

O mesmo encanto das asas era o encanto da pedra

Mas as cores voando rápido

Sem poderem ser possuídas

Eram ainda mais belas

Quem quiser um pouquinho de azul e verde fosforescente

Pode colocar no dedo um anel reluzente
Um pouquinho da natureza na pele monocromática de gente

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

UM SEGUNDO DE REALIDADE


                               

Quando o céu era mágico e a praia também

Quando a grama era suave,e nem de longe a selva

Que estava tão perto, longe de ninguém

Quando a água nas folhas encantavam....ainda encantam

Poucas coisas ... ainda encantam

Quando pra tudo devia haver uma inquestionável explicação

Quando eu parecia saber a direção

A vida era simples e fácil de viver

Um amor prometido e algo a se fazer

Mas o sons do rádio já sussurravam a verdade

O mundo era complexo, havia infelicidade

As dores eram tantas que se podia escolher

Com o que mais se preocupar e se comover

Alguém ainda às vezes cantava o amor

Havia sempre esperança e um coração sonhador

Aquela era a voz dos que estavam mais à frente

Deixaram o jardim, as folhas, a estrela cadente

Não parecia uma festa ou algo de fácil solução

Pareciam todos perdidos, num tempo que pra mim era tão longo
Mais descobriria que era um segundo, somente uma fração

sábado, 15 de setembro de 2012

ONDAS QUE MUDAM DE COR


 

 

De azul em azul, às vezes cinza, às vezes verde

Quebrando em espuma

Não canso de olhar

Sentado com a brisa no rosto

Olhando o balanço do mar

Eu não me importo de sentar na areia

Quando o sol é fraquinho o tempo pode passar

Divido meus pensamentos e segredos com o mar

Sua visão infinita me dá esperança de algo novo encontrar

Minha terapia é catar conchinha, búzio, madrepérola

Colecionar seus tesouros

E me encantar com as tonalidades
Que estão sempre a mudar

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

TOALETE


                           

Não uso unha vermelha, uso unha dourada

Às vezes sem paciência uso nada

Não faço escova no inverno nem uso guarda chuva

Se for necessário eu me molho e ganho cachinhos na rua

Não tenho estojo com um monte de batom

Uso no meu rosto sempre o mesmo tom

Nem rosa nem vermelho

Porque um é forte, sangue vida e morte

O outro muito suave, embora a alguns agrade

Gosto do vinho nos lábios, gosto do vinho na  língua

Gosto do vinho no carro , do vinho na roupa íntima

A roupa pouco importa

Desde que caia bem

Nunca segui moda, contudo já imitei alguém

Mas ando de salto às vezes, mesmo com a perna cansada

Mas raramente de dia
Só na negra madrugada

domingo, 2 de setembro de 2012

A MENTE EM TRANSE


                       

 

É a mente que guia, é a alma que fala

É a mão que trabalha

São imagens, palavras bonitas

São rabiscos velozes, são palavras ferinas

É o que sai na hora

E nem sempre anima

Mas o efeito final sempre faz muito bem

Descarrega a tensão e faz ver algo além

Bom ou desagradável

Assim como o humor varia

Pois nem o mundo é constante

É chuva, neve, lava, terremoto

É noite suave, brisa, é azul dia

Se nas coisas do mundo há dualidade
Por que no ser humano só haveria tranquilidade